Comunidade Nossa Senhora das Dores

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O início da Comunidade do Saem deu-se quando os funcionários do antigo SAEM hoje CASAL (Companhia de Abastecimento d’água e Saneamento de Alagoas), começaram a habitar nesta área, que recebeu o nome de Vila do SAEM. Anos depois, tentou-se mudar o nome para Comunidade de Santa Maria, mas os moradores não aceitaram.

O trabalho missionário iniciou-se em 1970, sendo: Manoel Ferreira (Nino), Nazaré Cândido, Nilo Antônio do Nascimento, Didi, Valdomiro e esposa, Manoel Germano, Zé Bebedouro e, em seguida João Gonçalves, os primeiros evangelizadores dessa comunidade.

A Capela surgiu de uma promessa feita ao Padre Cícero Romão Batista. Ao receber a graça, o Sr. Vando junto com alguns moradores desejavam fazer uma pequenina capela (nicho) para colocar a imagem do Padrinho. A idéia ampliou-se e começou a pensar em uma Capela maior, para homenagear o Santo do Juazeiro. Como Pe. Cícero não podia ficar no altar principal, por não ser canonizado oficialmente pela Igreja Católica, o Padre Fernando Iório Rodrigues interferiu, sugerindo que Nossa Senhora das Dores fosse colocada como padroeira, como no Juazeiro, e que a imagem do Padre Cícero fosse colocada em altar ao lado, sendo esta idéia aceita por todos. No entanto, quando o Arcebispo Dom Miguel visitou pela primeira vez a comunidade do Saem, a imagem do Padre Cícero, a pedido do Padre Fernando, foi colocada na sacristia, onde permaneceu até o momento em que esteve em funcionamento.

Em 10 de janeiro de 1973, iniciaram os trabalhos de construção da Capela e em 24 de novembro do mesmo ano, a pequena capelinha de taipa em homenagem a Nossa Senhora das Dores e ao Padre Cícero, foi inaugurada.

Pelo calendário litúrgico, o dia de Nossa Senhora das Dores é celebrado no dia 15 de setembro, mas a Comunidade do Saem celebra a festa de sua padroeira no domingo de Cristo Rei, no mês de novembro. Pois a bela imagem de Nossa Senhora foi entronizada na nova capela no dia 24 de novembro de 1973.

Paralela a construção da capela, continuavam os trabalhos de evangelização e, no dia 20 de setembro de 1975, fundou-se o 1 grupo jovem da comunidade, o grupo Gente (Geração Novo Testamento), que, no início, foi chamado de clube jovem do Saem. Este grupo foi um marco muito forte para o crescimento da comunidade: encampou a luta para a construção do 1º Centro Comunitário da Paróquia de Bebedouro; fortaleceu o serviço de evangelização e liturgia; promoveu mutirões; patrocinou festas de rua como as festas juninas e outras, contribuiu para o surgimento de outros grupos, como o grupo de adolescentes, o grupo de adultos e a própria Associação de Moradores do Saem (Amosa); realizou sério trabalho de evangelização no Alto do urubu (hoje Alto do Cruzeiro), São Pedro Apóstolo, São Francisco de Assis (Alto do Zeca), Jardim Alagoas, bem como celebrações e visitas semanais aos enfermos do Hospital Sanatório. O trabalho de catequese começou com catequistas que vieram do centro de Bebedouro, como dona Luzia, Janete e outros, sendo continuado por dona Josefa (Tia Zefinha) e Givaldo Pinheiro que implantou na comunidade a Catequese renovada.

Em 1977, ocorreu a 1ª primeira Missão, com a presença de missionários que vieram de outros lugares para animar e incentivar o crescimento da comunidade de Fé. Em 1978, iniciou-se a construção do Centro Comunitário do Saem e, neste mesmo ano, a construção da Capela de Nossa Senhora das Dores foi construída de tijolos.

Em virtude da grande campanha do Natal em Família, que ocorreu no final do ano de 1981, no dia 26 de fevereiro de 1982, fundou-se a União Familiar Cristã (UFC), com o objetivo de juntar as famílias da comunidade para um maior engajamento eclesial e social. Neste ano, em 20 de setembro de 1982, com a presença do Sr. Arcebispo, dom Miguel Fenelon, e cônego Fernando Iório, inaugurou-se o Centro comunitário do Saem.

A comunidade cresceu e hoje temos semanalmente, na 4ª quinta-feira do mês, às 19h, a Santa Missa na sede da AMOSA (Associação dos Moradores do Saem), pois atualmente a capela se encontra desativada devido aos problemas causados pela extração de salmoura.